2008-03-29

O MELHOR DA GESTÃO AUTARQUICA DO PSOE


Em tempos sugeri numa autarquia portuguesa o uso de algumas boas práticas da gestão autarquica Socialista em Espanha. Ninguém me ligou! Passados 6 anos, os meus camaradas do PSOE continuam a trabalhar em força no Banco de Boas Práticas:


¿Que es el banco de buenas prácticas de Gestión Municipal Socialista?

El Banco de Buenas Prácticas de Gestión Municipal Socialista es una base de datos que tiene como objeto la difusión e intercambio de experiencias locales que, por su carácter innovador e imaginativo, puedan ser de utilidad a otras entidades locales.


Con el Banco de Buenas Prácticas de Gestión Municipal Socialista queremos:



  • Dar publicidad a los mejores modelos de gestión, poniendolos en valor, desde la identificación de Ayuntamientos y servicios de excelencia.

  • Reunir información sobre experiencias innovadoras e imaginativas de políticas locales en los entes municipales y provinciales, para extenderlas en su aplicación.

  • Aumentar y mejorar los canales de comunicación entre los responsables del ámbito de lo local para compartir información y promover la cooperación local.

  • Relacionar y poner en contacto a través de esta Secretaría Federal de Política Municipal y Libertades Públicas a responsables locales que quieran profundizar en el conocimiento directo, "in situ" de cada práctica.

  • Conectar con otros Bancos de Buenas Prácticas Municipales.


¿Como proponer nuevas Buenas Prácticas para el Banco?


En primer lugar entendemos por buena práctica de gestión municipal socialista toda actuación llevada a cabo por una administración local gobernada por socialistas que signifique la creación de servicios públicos de calidad o mejore significativamente una situación insatisfactoria.


Para proponer una buena práctica cada ayuntamiento o ente local debe enviar la información que describa la actuación llevada a cabo, la evaluación de la misma y la información sobre los responsables, enlaces y contactos.


Queremos que, a través del Banco de Buenas Prácticas Municipales, se difunda y conozca el buen trabajo de los responsables socialistas al frente de la gestión local y proporcionar, de forma interactiva, nuevas alternativas locales que puedan servir para perfeccionar y enriquecer los programas de gobierno y la gestión de los servicios públicos en los ayuntamientos y Diputaciones españoles.


Alvaro Cuesta Martínez

Secretarío Federal de Política Municipal y Libertades Públicas

Comisión Ejecutiva Federal del PSOE

ANA GOMES COLOCA DEDO NA FERIDA


Ana Gomes em «E a Economia?» coloca o dedo na ferida sobre muitos dos dislates daqueles Socialistas que pensam que estão a fazer um trabalho tão bom, tão bom, que «não temos de perder tempo com o que fizermos mal» (Vitalino Canas).

Por isso mesmo pergunto:


  1. Onde estão as empresas portuguesas como a Sevilhana «Abengoa»?

  2. Onde estão os empresários portugueses exemplares como o foi o falecido Javier Benjumea Puigcerver?

Gostaria de encontrar, mas o que mais encontro são pretensas empresas e oportunistas disfarçados de empresários.


Roubar legalmente, a coberto da Lei, é uma realidade em muitos países. Portugal não é excepção. Talvez em 2028, com os tradicionais 20 anos de atraso, esteja na ordem do dia da Economia e das Empresas Portuguesas, o que é hoje a ordem do dia na investigação em Gestão de Empresas nos Estados Unidos da América: A ética empresarial.


Até lá, provavelmente continuaremos com campanhas publicitárias sem valor acrescentado, com notícias sobre "empresários" (LEIA-SE CRIMINOSOS SOCIAIS) de outras Leirias e uma Administração Pública que em muita situações não funciona com a devida eficácia e eficiência por nela pulularem dirigentes que não têm nem perfil nem competências para os cargos que exercecem, nomeadamente num capítulo crítico como é a gestão dos recursos humanos.




2008-03-21

Quem diz que os Espanhóis não entendem...


Quem diz que os Espanhóis não entendem, não falam nem escrevem português, desengane-se!

Ainda que seja uma raridade ao longo da minha vida, sempre fui encontrando espanhóis que entendem e falam o meu idioma mátrio. Todavia, esta é a primeira vez que encontro no ciberespaço um espanhol que escreve fluentemente português. Não! Não é portunhol, à Zé Sócrates, em expressões como «habemos acompañado». Jose Carlos Molina Arqueros escreve mesmo em português fluente tal qual Luís Vaz de Camões escrevia em fluente castellano.

Parafraseando um dos mais famosos ratones coloraos... Cuñao!!!!!

De visita obrigatória: Haciendo un Mundo Nuevo

2008-03-20

Este País...

Este País... por vezes... só se suporta com Monty Python!

Mañana es Hoy!

O "WILD WEST" UNIVERSITÁRIO

Onde pára a Inspecção-Geral da Ciência e do Ensino Superior? Quem inspecciona e fiscaliza os concursos públicos? Será que nem com a denúncia dos actos vão lá?

5 de Setembro de 2005. Tocam as doze badaladas das 12:00. Frente a Frente, quais dois pistoleiros de um Oeste Selvagem estão os docentes José Luís Mexia Crespo de Carvalho e Eurico Brilhante Dias. Rezam as crónicas que nesse dia colocaram em causa o Estado de Direito e a Constituição da República Portuguesa, mas deve ser engano. Passados 2 anos e 5 meses nem uma resposta da denúncia efectuada ao Ministério da Ciência e Tecnolgia.

Na acta do Concurso para Assistente Estagiário, datada de 5 de Setembro de 2005, estão bem explicitas as violações à nossa ordem jurídica:

«O júri constituído pelo Departamento de Ciências da Gestão - Docentes José Luís Mexia Crespo de Carvalho e Eurico Brilhante Dias, reúne para definir critérios para a selecção de um candidato a Assistente Estagiário.» EM FLAGRANTE VIOLAÇÃO AO PONTO 1 DO ARTIGO 12.º DO DECRETO-LEI N.º 204/98, de 11 DE JULHO.

«O Júri entendeu definir os seguintes critérios (com métrica e justificação):

1. (...)

2. Origem da Licenciatura - o júri entende que outro critério deve ser o da origem da licenciatura. Entende o júri dar prioridade às universidades que mais candidatos têm colocado nos concursos nacionais de acesso e maiores notas de entrada - critério de exigência - têm apresentado no panorama do ensino universitário. Dentro deste critério estabelece-se uma diferenciação entre estabelecimentos que conduz a que sejam como mais relevantes os do ensino público (2 pontos), logo seguidos pelos de ensino superior privado (1 ponto). Admite-se que para desenvolvimento de uma carreira universitária devem colocados em lugar posterior os cândidos cujas titulações provenham do ensino superior politécnico (0 pontos)» (Transcrição tal qual o português escrito na acta)



Trabalho de Cidadania para Casa: Encontrar na Constituição da República Portuguesa os artigos violados pelo Júri e fundamentar a respectiva violação.



Leitura aconselhada e sugerida para o trabalho de casa: «O Triunfo dos Porcos», George Orwell.

Imagem da página 1 da Acta aqui! (Pode ampliar com um clique)

Administração Pública Portuguesa, uma profissão!


Administração Pública Portuguesa, uma profissão!

A Administração Pública Portuguesa constitui uma oportunidade única para os Mestres e Doutores porque representa uma via profissional de elevada qualidade, compensatória e cujo leque de oportunidades é bastante abrangente, sendo dificilmente superada por outras ofertas do sector privado.


A Administração Pública Portuguesa constitui uma oportunidade única para os cidadãos altamente qualificados.


Ela representa uma carreira com significado, uma via profissional de elevada qualidade, compensatória e cujo leque de oportunidades é bastante abrangente.


A Administração Pública Portuguesa é uma profissão de futuro porque...


1. Oferece uma carreira profissional estável, com possibilidades de ascensão e formação contínua, havendo uma enorme valorização da componente humana;


2. É um importante elemento na formação de técnicos altamente especializados no país, com muitos cursos de formação certificados sem utilidade de maior, possibilitando a saída directa para as listas de mobilidade especial após uma remodelação governamental;


3. Os melhores e com maior nível de habilitações são promovidos com maior rapidez;


4. Possibilita o enriquecimento do ser humano, ao nível da formação, experiência pessoal e cultural;


Além de tudo, é sempre uma boa aventura! Surpreende-te com as reformas legislativas, diverte-te com as Manif’ e alegra-te com privilégios como o de poderes ser avaliado por um qualquer incompetente, por exemplo, em sede concursal para selecção de cargos dirigentes. Uma verdadeira e boa aventura!

DO NACIONAL PORREIRISMO AO UMBIGUISMO

A ideologia do “Nacional Porreirismo” tem tradição neste nosso País, em expressões quotidianas como «mas ele até nem é má pessoa, está é mal rodeado… mal aconselhado…» ou «tens de desculpá-lo, ele até é porreiro, pá!». De tão arreigada que está aos nossos usos e costumes, nem nos damos conta de uma nova ideologia que se instalou paulatinamente entre nós: O “UMBIGUISMO”, produto de uma situação histórica e das aspirações pessoais de um grupo de pessoas que a apresenta como imperativos da razão.

Não querendo maçar os leitores com um tratado doutoral, comprido e chato como o peixe-espada, resumo a doutrina do Umbiguismo em meia dúzia de palavras, ou seja a máxima do ideário Umbiguista - “O meu umbigo é mais importante que os demais umbigos e, por direito, naturalmente indispensável à Sociedade”.

Baseados nesta máxima, os Umbiguistas adoptam e interiorizam uma cartilha composta pelos Sete Princípios seguintes:

1. O meu umbigo é insubstituível, mesmo quando afirmo que não há pessoas insubstituíveis, devendo encarar a ocupação dos cargos como um sacrifício pessoal a bem da Sociedade;

2. É dever de todo o umbiguista perpetuar-se ad eternum nos cargos de poder, mesmo os de mero poder simbólico ou honorífico;

3. A qualidade do bom umbiguista revela-se na quantidade de cargos de poder que consegue assegurar em simultâneo;

4. O umbiguista tem o dever de solidariedade e entre-ajuda aos seus pares umbiguistas, independentemente das suas convicções religiosas, políticas ou de outra natureza;

5. O umbiguista tem o nobre dever de candidatar-se ao máximo número de actos eleitorais que lhe permitam cumprir fielmente com o estipulado no terceiro princípio da cartilha umbiguista, tendo por única excepção admissível a incompatibilidade de candidatura;

6. O umbiguista tem obrigação de participar como suplente ou em lugar não elegível noutras listas sujeitas a sufrágio, de acordo com o preceituado no princípio quarto da cartilha, de modo a assegurar que os cargos de eleição não caiam na mão de um anti-umbiguista – inimigo público número um dos Umbiguistas – caso fique vago um cargo por razões de incompatibilidade de exercício de cargos em simultâneo, ou qualquer outra ordem de razões;

7. Na composição de qualquer lista candidata a processo eleitoral, em caso manifesto de insuficiência de Umbiguistas para a completar, o umbiguista decano da lista deve providenciar no sentido de os lugares sobrantes serem atribuídos na ordem de precedência seguinte: 1) Descendentes directos do umbiguista; 2) Descendentes colaterais do umbiguista; 3) Descendentes directos dos seus pares umbiguistas; 4) Descendentes colaterais dos seus pares umbiguistas; 5) Reputados apoiantes e contribuintes, que pelo seu altruísmo, tenham contribuído para a causa Umbiguista, respeitando ordem decrescente do grau de contribuição; 6) Umbiguistas-estagiários; 7) Candidatos a umbiguistas, de acordo com potencial revelado;

Umbiguistas ilustres e famosos… Quem os não conhece? Para algum ilustre distraído aqui fica a pista para encontrar alguns. Comece por consultar os currículos dos Deputados da Assembleia da República e do Parlamento Europeu, as quais são públicas e até estão disponíveis na Internet.

2008-03-19

Qual o melhor modelo de Administração Pública?



Ao longo dos últimos tempos, para minha grande surpresa, descobri que Portugal deve ser o país como mais especialistas em Administração Pública por quilómetro quadrado. São imensos os especialistas que opinam quer em jornais quer na blogesfera, veiculando as mais variadas soluções e reformas. Até parece que andam na crista da onda da novidade em investigação científica sobre o assunto. Mas não! Muitas das soluções apontadas, muito do que é opinado, assenta em velhinhos paradigmas, sendo que o mais novo tem para cima de de 15 anos de idade.


Paradigmas mais recentes ainda não chegaram a terras Lusas. Talvez por falta de tradução dos livros já publicados, talvez por estes especialistas não terem acesso directo e imediato aos mais recentes artigos científicos publicados nas principais revistas científicas da especialidade.


Para esses tão doutos especialistas recomenda este humilde investigador a leitura do que escrevem Janet e Robert Denhardt, por exemplo, em «The New Public Service: Serving, Not Steering» e a consulta de alguns sítios interessantes como o da ASPA. Uma forma de garantirem que as suas opiniões incorporam as mais recentes evoluções na matéria.


Qual o melhor modelo de Administração Pública? Sinceramente, não sei! Só sei que os modelos baseados no paradigma proposto por David Osborne e Ted Gaebler não têm dado os resultados esperados. Ora é com base nesse mesmo paradigma que andam por aí os nossos Doutos a propor soluções e reformas para a nossa Administração Pública.


Assim, teremos uma reforma da Admninistração Pública orientada ao passado, em que vão ser cometidos os mesmos erros já cometidos noutros países. No mínimo, poderiamos aprender com as lições dos outros e não repetir tais erros! Pois... Esqueço-me que o que é novidade neste país é algo que aqui nos chega com um hiato de tempo não inferior a 15 anos, pese o facto de muita informação e conhecimento estar disponível quase na hora e à distância de uns simples cliques de rato.

2008-03-18

AI ÉME Simking a baute tuu...

Portugal ao Retrovisor








retrovisor (adj. e s. m.): pequeno espelho ou designativo de pequeno espelho colocado de modo tal que concede ao condutor visibilidade traseira.

O retrovisor é a peça mais importante na gestão em Portugal. Seja no Governo, seja nas unidades orgânicas da nossa Administração Pública, Empresas Públicas e mesmo em muitas Empresas Privadas, este é um acessório indispensável.




Queremos mostrar-nos orgulhosos de Portugal. Pegamos no retrovisor e evocamos os Oito Séculos de Gloriosa História. Os feitos heróicos do passado. As Amálias, os D. Fuas, a Padeira de Al JuBa Rota, os Eusébios e Violinos que nos fazem sonhar até acordarmos ao som estridente e agudo de um apito doirado.

Queremos um "bom" Chefe de Divisão, um "bom" Director de Departamento, socorrem-se os doutos júris dos concursos públicos e os gestores de recursos humanos das empresas privadas do dito crivo retrovisor, examinando e esquadrinhando o Curriculum Vitae dos candidatos. Onde é que ele (candidato) foi bom e heróico no passado? Foi um funcionário competente? Tem experiência e acções de formação quantificáveis em tempo? Ideal! É indiferente que seja uma nódoa ou pessoa competente, o que conta mesmo! é o passado, o tempo demonstrável no passado. Pouco importa que não seja a pessoa com as características e competências adequadas à nova função, ao desempenho presente e futuro. O que normalmente se pergunta nas entrevistas de selecção é «o que já fez no passado?», muito raramente surje a pergunta «como pensa resolver os desafios que se lhe apresentam no presente e no futuro do cargo?.



Neste país, para ter uma "boa" visão do futuro, nada como agarrar-se ao retrovisor e fundamentar as decisões com o passado. Se algo correr mal... há sempre a desculpa de ter sido escolhido o candidato com o "melhor" passado.


Pelo retrovisor... vejo o futuro em um passado que já era... vejo lá longe, cada vez mais longe a luz ao fundo do túnel. Assim vê Portugal o seu futuro. Seguimos todos, alegres, cantando e rindo, num automóvel que viaja em frente mas acelarando em marcha atrás.

Um grande Socialista Espanhol, um grande Estadista


España
Presidente del Gobierno
Duración del mandato: 02 de Diciembre de 1982 - 05 de Mayo de 1996
Nacimiento: Sevilla, Andalucía , 05 de Marzo de 1942
Partido político: PSOE
Profesión: Abogado

Resumen
Hijo de un tratante de ganado miembro del sindicato socialista Unión General de Trabajadores (UGT), y segundo de cinco hermanos, la relativamente desahogada situación económica de la familia le permitió cursar el bachillerato en el colegio de los Padres Claretianos de Sevilla y el preuniversitario en el Instituto San Isidoro.

Pensamento Filosófico do Dia



"Temos consciência que não temos tempo a perder. Não podemos deixar aos nossos filhos um país adiado. Este é o tempo da mudança."

José Sócrates (Comício no Porto)


Vá lá, filhos! Mudem-se a tempo para Espanha, França, Alemanha, ..., Canadá. Lá estarão certamente muito melhor. Aqui só há futuro para alguns e isso da Meritocracia é uma "treta" tão grande como a "treta" impingida em algumas empresas sobre os «recursos humanos serem o activo mais importante da empresa».

Tirada à JFK (com resposta à Anarquista)



“Hoje, não se pode perguntar a Portugal o que se pode fazer pelos portugueses. Tem que se perguntar a cada um de nós o que se pode fazer por Portugal”.

Elisa Ferreira (Comício no Porto)


Cara Elisa... que este Barreiro não se Pisa!


Perguntei-me, perguntei a portugueses bem mais jovens do que eu e a resposta é simples:


Fazer as malas. Partir... e o último a sair de Portugal que faça o favor de apagar a Luz!

2008-03-16

Primeiros Socorros podiam ter salvo a vida de um Jovem no Montijo

«Um adolescente, de 14 anos, faleceu anteontem na escola secundária Jorge Peixinho, no Montijo. Aguardou cerca de meia-hora por uma ambulância. O aluno sofreu uma paragem cardio-respiratória, tendo uma colega contactado o 112. Cerca de 20 minutos depois - com a corporação de bombeiros e o hospital localizados a cinco minutos e sem qualquer resposta do INEM - uma auxiliar de educação acabou por apelar aos bombeiros que se deslocassem ao
estabelecimento. Quando chegaram, era tarde demais. (...)»
Os primeiros socorros são uma série de procedimentos simples. Têm por intuito manter vidas em situações de emergência e podem ser efectuados por pessoas comuns que tenham adquirido os conhecimentos e a formação para os prestar. São vitais e podem fazer a diferença entre a vida e a morte, enquanto não chega o atendimento médico especializado.»
Não se compreende como descuramos, em pleno Séc. XXI, a formação em primeiros socorros nas nossas escolas, nas nossas empresas e nas nossas organizações públicas. Um simples curso de 6 horas de formação «Suporte Básico de Vida» é o suficiente para «treinar pessoas capazes de responder eficazmente a uma situação emergente de paragem cardio-respiratória, através da utilização de técnicas de libertação das vias aéreas e de reanimação cárdio-pulmonar».
Para quando a gratuitidade e obrigatoriedade deste tipo de formação, no mínimo, nas Escolas Públicas?

2008-03-15

Estranhos silêncios

Em Portugal, na Administração Pública, há incomodativos e estranhos silêncios. Nomeadamente nos concursos para cargos dirigentes. Não raras vezes, passam-se meses após a entrevista pública sem que os candidatos saibam o resultado final do processo concursal. Ora isto é coisa que não abona quer a favor da transparência dos concursos quer a favor da meritocracia num Estado Democrático. Além disso, os candidatos são merecedores de melhor trato e mais respeito pelo tempo e dinheiro investido nas candidaturas aos referidos concursos.
Estranho Silêncio existe igualmente agora sobre o futuro da Presidência da Autoridade da Concorrência. Tal qual os candidatos ao concursos para cargos dirigentes, o Professor Doutor Abel Mateus parece não merecer qualquer consideração e respeito pela Tutela.
Ocorre que não é o Professor Doutor Abel Mateus quem precisa do cargo de Presidente na Autoridade da Concorrência, é o País quem precisa de pessoas como o Prof. Doutor Abel Mateus na direcção de diversas instituições públicas.
A gestão de Recursos Humanos ainda não chegou à Administração Pública e parece não ser uma prioridade na actuação do Governo. Vai mal este país em matéria de gestão de Recursos Humanos na Admninistração Pública e o que ocorre com o Professor Doutor Abel Mateus é motivo de vergonha nacional.

Agora percebo alguns dos tiros nos própios pés!

«Quando se fazem balanços é, certamente, para realçar aquilo que se fez bem. E, foram tantas as coisas que fizemos bem, que não temos de perder tempo com o que fizermos mal»

Vitalino Canas

2008-03-14

Uma Abelha Doutora chamada Maria de Lurdes e a Avaliação do Desempenho

AVISO AOS LEITORES: É do conhecimento público que não há nenhuma Abelha Rainha chamada Maria de Lurdes e que as Abelhas não têm qualquer sistema de avaliação do desempenho. Qualquer semelhança com uma Ministra ou algum sistema de avaliação do desempenho é da mais pura coincidência.


A Abelha Doutora Maria de Lurdes e as suas abelhinhas

Houve em tempos remotos da História das Abelhas de um Reformista Roseiral uma célebre abelha Doutora (promovida de abelha-mestra a abelha doutora após um famoso concurso de titularidade destinado a abelhas do 10.º Escalão) que trabalhava para a organização empresarial «Abelhas Socraticamente Afoitas, SA». Os clientes e consumidores do mel produzido por esta organização adoravam a qualidade do mel que lhes era vendido e exigiam que a organização produzisse mais mel do que na temporada melar anterior.


Em resultado dessa exigência dos consumidores, o Apicultor Sócrates (Chairman do Conselho da organização) disse à Abelha Doutora Maria de Lurdes para produzir mais mel da mesma qualidade ou até de melhor qualidade. Maria de Lurdes, abelha empreendora e afoita - já com provas dadas no passado, quando decidiu fazer alterações ao Estatudo da Carreira das Abelhas - decidiu encontrar uma forma para melhorar o desempenho das abelhas da sua colmeia e a qualidade do mel produzido. Assim, estabeleceu um sistema de gestão do desempenho que media fundamentalmente a quantidade de flores visitadas por cada abelha.


Com um consideravel custo para as abelhas coordenadoras e organizadoras das actividades abelhares, bem como para as próprias abelhas trabalhadoras, foi implementado um pesado sistema de medição do desempenho a meio da estação melar. Este sistema, destinado a medir o número de flores visitadas e outros objectivos complementares considerados necessários para alcançar a excelência no mel produzido, previa o retorno de informação sobre o desempenho individual da abelha avaliada, mas nunca foi dito às abelhas da colmeia que o seu objectivo era produzir mais mel para que a «Abelhas Socraticamente Afoitas, SA» pudesse aumentar as suas vendas de mel.


Para garantir os objectivos da «Abelhas Socraticamente Afoitas,SA», a Abelha Doutora Maria de Lurdes teve a ideia inteligente de fixar quotas nas classificações atribuidas às abelhas avaliadas e de instituir prémios pelo bom desempenho individual das abelhas avaliadas, os quais eram atribuidos às abelhas que visitavam mais flores. No final da estação melar, o Chairman Apicultor Sócrates solicitou à Abelha Doutora Maria de Lurdes um relatório sobre os resultados referentes às actividades da Colmeia.


Maria de Lurdes, assessorada pelo famoso consultor Vitelinho Kanas, foi aconselhada a fazer um balanço centrado no sucesso da sua gestão e a não perder tempo com o que correu mal. Eis o extracto do mais importante do relatório da Abelha Doutora Maria de Lurdes ao Chairman Sócrates:


«Aumentámos o número de visitas às flores em 300% e diminuimos o tempo de viagem entre flores em 60%. Estamos de parabéns! Complementarmente conseguimos diferenciar as abelhas excelentes e muito boas das abelhas regulares e das pouco produtivas. O sistema de avaliação de desempenho implementado foi um grande sucesso e esta colmeia - após 30 anos sem avaliação - não podia passar nem mais um ano sem se proceder à diferenciação do mérito. (...)»


O Dr. Santos da Casa (mais conhecido pelo «o não faz milagres»), humilde funcionário público, investigador nas horas vagas, dedicado cidadão à causa pública da colmeia, estudou o dito relatório e descobriu que o relatório não era transparente e escondia algumas realidades negativas:



  1. Devido ao facto de as abelhas andarem muito ocupadas na tentativa de visitarem tantas flores quanto possível, tinham limitado a quantidade de nectar transportado ao mínimo possível tendo por objectivo aumentar a velocidade de voo entre flores;

  2. Uma vez que as abelhas sentiam que competiam umas contra as outras (consequência de só as abelhas com melhor desempenho individual conseguirem alcançar as reduzidas quotas de excelente ou muito bom e serem reconhecidas através de prémios) deixaram de partilhar informação entre elas;

  3. A ausência de partilha de informação e conhecimento levou a que não fossem efectuados relatos preciosos como novos campos de flores avistados e por explorar, informação preciosa para o aumento da produtividade da colmeia;

  4. Que a quebra na quantidade e qualidade do mel produzido estava disfarçada no relatório apresentado ao Chairman Sócrates e surgia justificada como um facto resultante do mau desempenho de um conjunto de abelhas classificadas com a classificação "menos boa" (em linguagem positivista e politicamente correcta, muito do agrado do consultor Vitelinho Kanas);

  5. Que o desempenho "menos bom" desse grupo de abelhas - propostas para um programa de mobilidade especial e/ou despedimento em caso de uma segunda temporada de maus resultados -resultava do facto de se preocuparem quer em transportar a maior quantidade de néctar que podiam transportar por cada voo efectuado, quer da sua preocupação em partilharem com as suas colegas abelhas a sua informação e conhecimento, nomeadamente sobre campos de flores avistados nos seus voos, ainda por explorar.

Perante estas descobertas, o Dr. Santos da Casa, tomou a iniciativa de comunicar ao Chairman Sócrates os factos do seu conhecimento bem como um conjunto de melhorias que podiam e deviam ser efectuadas. Ainda hoje, passados anos, aguarda resposta e foi com tristeza que viu a «Abelhas Socraticamente Afoitas, SA» afundar-se num célebre pântano.



Tudo começou no dia em que o Chairman Sócrates, face aos resultados de produção, decidiu manter o sistema de avaliação de desempenho tal qual estava, mas que não havia nem aumentos nem prémios para ninguém devido à falta de dinheiro para os pagar. As abelhas, sentindo-se enganadas manifestaram-se fazendo ouvir um zumbido ensurdecedor motivado pelo seu descontentamento. Passados meses, reunida a Assembleia Geral da «Abelhas Socraticamente Afoitas, SA», os accionistas extremamente descontentes com a gestão do Chairman Sócrates votaram uma proposta de destituição deste Chairman e da sua equipa de gestão, substituindo-o por um novo Chairman. Hoje, após tantos anos, a «Abelhas Socraticamente Afoitas, SA» ainda não superou as dificuldades em que mergulhou.



MORAL DESTE CONTO DE FADAS: Muitas das medidas de avaliação de desempenho implementadas nas organizações, bem como as respectivas recompensas, têm efeitos preversos e contrários ao que se pretende efectivamente estimular e premiar.

2008-03-12

Mambo Tito Puente

Olé!

Tomatito Bulerias

Non je Ne Regrette rien

Mireille Mathieu, My Way em Alemão

Mireille Mathie: A Marselhesa

Ofra Aza, Uma das melhores cantoras de Israel (faleceu m 2000)

















Hava Nagila









Musica Judaica

Sag Mir Wo Die Blumen Sind

AGUAVIVA - Musica de Calidad!

Compay Segundo, EL GRANDE!



Sons de Cuba

Tito Puente na Rua Sésamo... Que ritmo!

Piaf

Grandes Cantores e a Diversidade Cultural



O Maria de Lurdes! Veja lá... Baby!

Mamonas Assassinas... Precisam-se!

Teresa Teng a Ministra da Educação!

Arabe, Alemão, Espanhol... Do melhor em fusão de línguas!

Respeto en la calle!!!!

Fatima Serin

2008-03-05

PAGAR PARA APRESENTAR RESULTADOS DE INVESTIGAÇÃO

No próximo mês de Junho, dias 23, 24 e 25 de Junho, Portugal receberá em Lisboa um grande evento na área da gestão empresarial: A Décima Quarta Conferência ICE. (para mais informações consultar http://www.ice-conference.org/)

Dizem os organizadores e patrocionadores que a conferência ICE é o primeiro fórum que permite aos investigadores, aos não académicos e aos fornecedores, apresentar, partilhar e demonstrar os resultados do seu trabalho no âmbito da área de especialidade.

Qualquer jovem investigador fica entusiasmado com a possibilidade de apresentar alguns dos resultados da sua investigação neste tipo de conferências, mas logo perderá o entusiasmo, ao perceber que além do artigo científico que terá de escrever e submeter a aprovação do júri, terá igualmente de pagar a módica quantia de 650 euros pela presença na conferência em que deveria discutir o artigo eventualmente aprovado para publicação.

Caso para dizer... São as Leis do Mercado. Investigador pobre, provavelmente bolseiro, a receber uma bolsa de investigação na ordem dos 980 euros mensais, não pode dar-se a semelhantes luxos!

Ora o que mais me indigna, não são os 650 euros. É a ausência de oportunidade para o pobre bolseiro e a falta de sensibilidade dos organizadores.

Os preços de participação neste tipo de eventos são verdadeiras barreiras à entrada para a grande maioria dos investigadores, nomeadamente para os investigadores portugueses.

2008-03-04

Surto de diarreia mentalóide ataca alguns Dirigentes da Administração Pública na área da Saúde

A propósito dos disparates de certas Administrações Hospitalares em relação ao fornecimento gratuito de medicamentos aos doentes da Artrite Reumatóide. Assunto que já cansa e irrita, sem que o Governo tome mão no assunto. Eis os contornos da doença DIARREIA MENTALÓIDE:


A DIARREIA MENTALÓIDE é a principal doença mental sistémica, devido à sua prevalência e aos problemas que suscita entre Dirigentes da Administração Pública.

O que é a diarreia mentalóide?


É uma doença mental de burrocracia crónica de etiologia desconhecida.
Ocorre em todas as antiguidades na Administração Pública e apresenta, como manifestação predominante, o envolvimento repetido e habitualmente crónico das estruturas mentais burocráticas e das partes neurológicas responsáveis pelo comum bom senso. Pode, contudo, afectar o tecido conjuntivo em qualquer parte do organismo e originar as mais variadas manifestações sistémicas, como é o caso da miopia nas decisões que afectam os administrados (vulgo, o povo utente dos Serviços Públicos e principal razão da sua existência).
Quando não tratada precoce e correctamente, a diarreia mentalóide acarreta, em geral, graves consequências para os utentes dos serviços públicos, traduzidas em incapacidade funcional das Unidades Orgânicas dos ditos Serviços Públicos e para o trabalho dos desgraçados dos funcionários que têm de aturar a diarreia mentalóide do seu superior hierarquico.
Tem elevada comorbilidade (palavra cujo significado não sabemos e que não surge no dicionário online da Priberam http://www.priberam.pt/dlpo/definir_resultados.aspx, mas lá que dá um ar muito douto e intelectual a quem a pronuncia ou escreve, dá!) e mortalidade cerebral acrescida em relação à população em geral.

Quais são os factores de risco?
Género - os dirigentes homens são frequentemente mais afectados (quatro homens para uma mulher);
Antiguidade - é, sobretudo, uma doença dos funcionários com muita experiência profissional (leia-se antiguidade nas funções, provavelmente repetindo os mesmos erros que lhe foram ensinados pela respectiva chefia) e um mínimo de 4 ou 6 anos de antiguidade para poder candidatar-se a um cargo de Chefe de Divisão ou de Director de Departamento. Todavia, é essencialmente doença particularmente referenciada entre Dirigentes de Topo e Gestores Públicos que foram nomeados de acordo com o famoso Princípio de Peter;
Historial de doença e vacinação - esporadicamente, surgem casos de diarreia mentalóide depois de infecções por parvovírus e vírus da rubéola (o vírus do rubor, altamente contagioso e que ataca os que ainda têm algum pingo de vergonha perante as reclamações dos utentes dos serviços públicos) ou vacinações contra o tétano nos serviços públicos (de notar que em grego, tetanós significa rigidez, e a vacina tem sido ministrada com o intuito de flexibilizar e agilizar a Administração Pública, mas oferece grandes transtornos colaterais como é visível no dia-a-dia) e a influenza dos conhecimentos e amigos nas nomeações para cargos públicos.

Quais são as formas de prevenção?
Entre os factores de protecção sugeridos destacam-se a gravidez (terapia muito adequada para demostrar que há vida para além dos castelos burocráticos), o uso de contraceptivos orais e/ou de viagra (altamente preventivo, já que enquanto fornicam o parceiro ou a parceira, não fornicam o desgraçado do utente contribuinte) e a ingestão moderada de álcool (seria mais aconselhável o formol para conservar a burrocracia em estado latente controlado, mas OMS adverte para consequências ainda não totalmente conhecidas e devidamente estudadas).

O diagnóstico precoce é fundamental, uma vez que esta doença, diagnosticada nos primeiros três a seis meses do seu curso clínico e tratada correctamente, tem grandes probabilidades de não evoluir para a incapacidade funcional para o trabalho, diminuir a comorbilidade e não reduzir a esperança de qualidade de vida do utente que necessita dos serviços públicos geridos pelo paciente afectado pela Diarreia Mentalóide.

Não podemos evitar o surgimento da doença, ainda que José Sócrates e outros doutos o tenham tentado por modernas técnicas cirurgicas com a Lei, o Decreto-Lei, o Decreto-Regulamentar ou a simples Portaria. A prevenção destina-se, fundamentalmente, a diminuir a gravidade da doença, de forma a reduzir a incapacidade funcional do Serviço Público e a melhorar a qualidade de vida do cidadão utente desses serviços.

Como se diagnostica?
O diagnóstico precoce é feito com base na verificação de:
Tumefacção de três ou mais neurónios perante a tentativa de interpretação de um simples despacho ministerial;
Frases mal articuladas e nada convincentes perante os Jornalistas da Comunicação Social, tentando explicar e justificar decisões inexplicáveis e injustificáveis;
Rigidez matinal superior a trinta minutos que impede atender o telefone até ao quinto toque da campainha e a compreensão do teor de uma petição enviada pelo utente ao abrigo da Lei de Direito de Petição, bem como escrever a respectiva resposta sem invocar um conjunto de legalismos desfazados e defensivos do status quo;
Simetria do envolvimento articular do pensamento, que aponta para medidas de tendência central e rejeita as medidas de dispersão. Alta aversão a contestar factos com base na mediana, moda, variância, desvio padrão;
Não basta fazer exames laboratoriais e radiografias para estabelecer o diagnóstico. É necessário realizar outros exames, como a intelectografia, a ultraraciocíniografia e a ressonância mental nuclear, pois são estes que revelam burocraciativite (inflamação da região neurológica cerebral que controla as tendencias desviantes para a burocracia) ao termo de apenas algumas semanas.

Como se trata?
Nos últimos 15 anos, o tratamento da diarreia mentalóide evoluiu significativamente, em consequência da avaliação da actividade inflamatória, do conhecimento dos factores de pior prognóstico, do uso precoce de fármacos anti-burocráticos de acção lenta, do aparecimento de terapêutica combinada e, mais recentemente, da terapêutica legislativa.
Os dirigentes dos serviços públicos com diarreia mentalóide devem ser acompanhados por um Ministro ou Secretário de Estado com carácter de urgência e logo que sejam detectados os primeiros sintomas.

Para saber mais sobre as consequências da diarreia mentalóide consulte e fale, por exemplo, com os associados da Associação Nacional de Doentes com Artrite Reumatóide, umas das últimas vítimas de recente surto de diarreia mentalóide em alguns Hospitais Públicos.

2008-03-03

Um Governo e uma Assembleia da República assessorada por pigmeus

Há uma única máquina gigante manobrada por pigmeus: a burocracia.

Honoré De Balzac

Creio que Balzac não sentiria grandes diferenças caso tivesse a oportunidade de ressuscitar e viver, por uns dias, a realidade portuguesa deste primeiro decénio do Séc. XXI. Na verdade, passe a perplexidade face ao avanço tecnológico, pouca diferença sentiria em relação à actual realidade da nossa Administração Pública.

Estamos imensamente "inovadores" e até temos medidas como o SIMPLEX e a EMPRESA NA HORA, mas em quase tudo o resto comportamo-nos como naquele conto de fadas da minha infância, sem que ninguém ouse afirmar - O Rei vai nú!

Basta a leitura de meia dúzia de diplomas (Leis, Decretos-Lei, Decretos-Regulamentares e Portarias) para perceber que são mais as operações de cosmética do que as verdadeiras mudanças em relação a um status quo que se esconde por detrás dos cosméticos que adornam os ditos diplomas. Uma das últimas evidências surge na leitura da Lei n.º 12-A/2008 de 27 de Fevereiro. Seriam de esperar mudanças substanciais quer na caracterização das carreiras (Art.º 49) quer no recrutamento, muito em particular nos métodos de seleção (Art.º 53), mas este diploma legal traz mais do mesmo.

Com base numa primeira leitura sumária desta Lei, a qual merece leitura atenta e cuidada, identificam-se a olho nu três grandes oportunidades perdidas:

  1. Uniformização das carreiras e categorias segundo o sistema utilizado para os Funcionários dos organismos e organizações da União Europeia;
  2. Introdução da remuneração mista (remuneração base + remuneração variável + prémios);
  3. Novos métodos de selecção, orientados ao futuro, ao potencial dos candidatos, em lugar das habituais provas de conhecimentos memorísticos e seus sucedâneos.

A primeira oportunidade perdida, implica que todos são iguais independentemente das habilitações académicas e percurso profissional, criando gritantes injustiças a coberto do legalismo do processo. A segunda oportunidade perdida implica que os postos de trabalho continuarão sem serem devidamente caracterizados em dimensões importantes como o grau de responsabilidade e de exigência da actividade exercida, a qual deve ser remunerada de forma variável e de acordo com o próprio posto de trabalho (por exemplo, ser o gestor de rede responsável por garantir o bom funcionamento da rede informática da Câmara Municipal de Lisboa é coisa bem distinta de ser o gestor de rede responsável por garantir o funcionamento da rede informática da Câmara Municipal de Arganil). Em Espanha existe algo idêntico, o complemento de destino, o qual funciona como um autêntico motivo à mobilidade e bom desempenho.

Por último, a terceira oportunidade perdida significa que os velhos métodos continuarão em vigor, não se destruindo as barreiras à entrada que pululam nas nossas arcaicas instituições. Em casos extremos, mas não impossíveis de ocorrer - muito mais agora nesta sociedade em que o emprego para toda a vida acabou - um licenciado com 4 ou 5 anos de carreira continuará a poder exercer a função de júri e de avalidador de um especialista doutorado que se sujeita a concurso. Não acredita? Já ocorre na avaliação de desempenho dos docentes do Ensino Básico e Secundário. O grande busílis da questão não está apenas no facto de um Licenciado avaliar um Mestre ou um Doutor, está no facto de um qualquer incompetente ou ressabiado licenciado não preterir o candidato com mais habilitações e curriculum profissional melhor que o seu, por simples medo da concorrência.

Quem pense que isto não ocorre a diário na nossa Administração Pública, é porque vive no País nominal criado nos Gabintes das nossas Secretarias de Estado. Certamente, após leitura de alguns dos nossos diplomas legislativos, Honoré De Balzac não deixaria de escrever algo como:

Há duas únicas máquinas gigantes manobradas por pigmeus: a burocracia e o Governo Português.

2008-03-01

Mike, Até Sempre!

As ruas do Barreiro estão mais tristes

Há pessoas que nos marcam sem sabermos. Michael Plowden, o Mike, foi uma dessas pessoas. Hoje, dia do seu funeral sinto o quanto um sorriso franco e aberto pode marcar a diferença. Sinto a falta do sorriso do Mike, da sua bonomia e as ruas do Barreiro estão agora mais tristes.

Mike foi um cidadão do Mundo, um cidadão do Barreiro. Merecia Bandeira a Meia Haste nos Paços do Concelho. Pela sua cidadania barreirense e dedicação aos jovens do Barreiro esperava este gesto da nossa Autarquia, mas provavelmente há um protocolo que o não permite.



Yo estoy con Zapatero! Vota PSOE en el 9M.

Yo no puedo votar en el 9M, pero estoy con ^Zapatero^.

Defender la Alegría! Vota Zapatero, Vota Manuel Chaves!

PSOE en Andalucia





Este Camarada devia ser Primeiro-Ministro de Portugal!

No te enfades, Vota PSOE!

La opinión de Zapatero

Con Mucho Humor...

Vota Zapatero! Vota PSOE!

Contra la violencia de genero, contra la politica de derecha, Vota PSOE.