2008-05-31

RECRUTAMENTO E SELECÇÃO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA: BRINCAR À GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS...




Na Bolsa de Emprego Público (BEP) são publicados anúncios de emprego que raiam o ridículo e muito nos dizem sobre a moralidade (ou ausência dela!) na prossecução do interesse público.



Que credibilidade merece a actuação de um Júri de concurso que determina valorar a posse de determinados graus académicos sem considerar a classificação obtida nos mesmos? Nenhuma!



Algum cidadão considerá justo que a um licenciado com 10 valores de classificação final na sua licenciatura seja atribuida uma classificação de 17 valores na avaliação curricular das suas habilitações académicas e 20 valores a um doutorado que tenha obtido uma classificação final de 20 valores? Creio que não! Mas é assim mesmo, dentro da legalidade do poder discricionário do Júri.



Eis mais um caso em que não se aplica uma fórmula de classificação que contemple a classificação obtida e o grau de dificuldade do respectivos graus académicos. PARA ESTES SENHORES E SENHORAS (SEM ÉTICA DE VERDADEIRO SERVIÇO PÚBLICO), UM DOUTOR VALE SEMPRE APENAS MAIS 2 OU 3 VALORES QUE UM LICENCIADO.



Será impossível aplicar uma fórmula geral abrangente e igual para todos os concursos? Não! A média ponderada das classificações académicas pode muito bem ser utlizada, atribuindo pesos diferentes aos distintos graus académicos.



Será o melhor critério? Nem sempre... mas é transparente! Muito mais transparente do que os critérios impérvios e obscuros que andam por aí em uso.



EIS MAIS UM EXEMPLO DE UM CONCURSO EM QUE O JÚRI ANDA A BRINCAR À GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS




Código da Oferta: OE200805/0302
Tipo Oferta: Contrato Individual de Trabalho (por tempo indeterminado)
Estado: Activa
Nível Orgânico: Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social
Organismo: Gabinete de Estratégia e Planeamento
Procedimento de Selecção para Reinicio de Funções: P20081468
Função ou Equiparado a Categoria: Tecnico Superior Principal
Áreas Funcionais:
Grupo Regulamentação desenvolvimento e apoio à definição de políticas
Área Funcional Segurança social



Remuneração Mínima: 1701.41 EUR
Suplemento Mensal: 0.00 EUR



Conteúdo Funcional:
Estudos e trabalhos técnicos para a formulação, acompanhamento e avaliação de políticas, programas, modelos e estratégias de segurança social e de acção social (PARES, PAIES, CLDS, transferências de competências para a administração local, modelos de financiamento no âmbito da acção social). Desempenhar as funções de relações externas, junto de organismos internacionais
Habilitação Literária: Licenciatura
Descrição da Habilitação: Economia
Requisitos Profissionais: Local de Trabalho
(local de trabalho mesmo do Organismo)
Número de Postos: 2
Quota para Portadores de Deficiências: 0
Prazo Duração Contrato (meses): 0
Jornal Oficial e Orgão de Com. Soc.: Diario de Noticias do dia 31 de Maio de 2008



Texto Publicado:
Nos termos da Lei n.º 99/2003, de 27 de Agosto, que aprovou o Código do Trabalho conjugada coma Lei n.º 23/2004, de 22 de Junho, torna-se público que por despacho da Subdirectora-Geral, no uso de competência delegada, de 30 de Maio de 2008, se pretende admitir dois técnicos superiores principais, em regime de contrato individual de trabalho por tempo indeterminado:



1. Em cumprimento da aliena h), do artigo 9.º da Constituição, a administração pública, enquanto entidade empregadora promove activamente uma politica de igualdade de oportunidades entre homens e mulheres no acesso ao emprego e na progressão profissional, providenciando escrupulosamente no sentido de evitar toda e qualquer forma de discriminação.



2.Com base no disposto no artigo 41.º da Lei n.º 53/2006, de 07 de Dezembro, a publicação da presente oferta de emprego, foi precedida de consulta ao sigaME com o código de oferta P20081468, e não se tendo registado opositores ao procedimento conforme declaração do dia 01/04/2008 do sigaME.



3.Local de Trabalho – Gabinete de Estratégia e Planeamento do Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social.



4.Conteúdo funcional - Elaboração de estudos/trabalhos técnicos de formulação, acompanhamento e avaliação de políticas, programas, modelos e estratégias de segurança social e de acção social (PARES, PAIES, CLDS, transferências de competências para a administração local, modelos de financiamento no âmbito da acção social). Desempenhar as funções de relações externas, junto de organismos internacionais.



5. Requisitos de Admissão - Licenciatura em Economia ou Economia e Política Social.



6.Requisitos preferenciais – a experiência profissional e formação complementar.



7.Métodos e Critérios de Selecção – avaliação curricular e entrevista profissional de selecção com carácter eliminatórios.



8.Remuneração – € 1.701,41.



9.Prazo de candidatura – dez dias úteis, contados a partir da data de publicação da presente oferta de emprego



10.Formalização da Candidatura – As candidaturas deverão ser formalizadas mediante requerimento dirigido à Directora-Geral do Gabinete de Estratégia e Planeamento e entregues na secção de pessoal, durante as horas normais de expediente, até ao último dia do prazo estabelecido no presente aviso, ou remetidas pelo correio com aviso de recepção, para Rua Castilho, n.º 24, 4.º andar, 1250-069 Lisboa, considerando-se, neste último caso, apresentadas dentro do prazo legal as registadas até ao último dia do prazo.



10.1.Cada candidato deverá anexar ao requerimento fotocopias dos seguintes documentos: a)Bilhete de Identidade;b)Documentos comprovativos das habilitações literárias;c)Certificados das acções de formação frequentadas;d)Curriculum vitae.



10.2.Para qualquer esclarecimento contactar a secção de pessoal através do e-mail salomé.baltazar@gep.mtss.gov.pt ou pelo telefone 21 310 87 16.



11.Assiste a Comissão de Selecção a faculdade de solicitar aos candidatos, ou aos serviços em que estes exerçam funções a apresentação de documentos comprovativos dos factos por si referidos que possam relevar para a apreciação do seu mérito.



12.As falsas declarações prestadas pelos candidatos serão punidas nos termos da lei.



13.A composição da comissão de selecção e recrutamento será a seguintes:



José Luís de Sousa Albuquerque – Subdirector-Geral do GEP;



João Manuel Grossinho Gonçalves – Chefe de Equipa do GEP



Maria Isabel de Lacerda Matos – assessora principal do GEP



José Miguel da Graça Estêvão André Nogueira – assessor



Maria Irene Gonçalves Miralto – assessora principal do GEP



30 de Maio de 2008



A Subdirectora-GeralAna Paula Fernandes



ANEXO



Forma de atribuição da classificação final do processo de selecção para recrutamento de dois (duas) profissionais com a categoria de Técnico(a) Superior PrincipalCF=(AC+EPS)/2 com CF=Classificação Final; AC=Avaliação Curricular; EPS=Entrevista Profissional de Selecção.Avaliação Curricular: pontua numa escala de 0 a 20 valores, segundo a fórmula: AC=(2xHL+4xEP+1xFP)/7 com HL=Habilitações literárias; EP=Experiência Profissional e FP=Formação Profissional; nota AC<16=exclusão>doutoramento=20; mestrado=19; pós-graduação/plano curricular de mestrado=18; licenciatura (obrigatoriamente em economia)=17.Experiência Profissional: pontua numa escala de 0 a 20 valores, segundo a fórmula: EP=(1xEPG+5xEPE+3xPPR+3xCGT)/12 com EPG=Experiência Profissional Geral; EPE=Experiência Profissional Específica; PPR=Publicações e Prelecções Relevantes e CGT=Coordenações e Grupos de Trabalho.A EPG pontua o desempenho efectivo de funções em entidades públicas ou privadas, nomeadamente académicas nos seguintes termos: ≥6 anos=20; 3 a 5 anos=15; 1 a 2 anos=10; <1 ano="5;" ncia="0.A" anos="20;" anos="15;" anos="10;" ano="5;" ncia="exclusão" relevante="20.A" ppr="20;" ppr="18;" 5="15;" ppr="13;" ppr="0." o="1" es="2" es="5" fp="(3xFE+1xFG)/4" fe="Formação" fg="Formação" rio="20" rio="20" eps="(3xEFV+2xM+3xSC+2xPVP)/10," efv="Expressão" m="Motivação," sc="Sentido" pvp="Preocupação" eps="exclusão">

Presidente da República arrisca-se a ser insultado pelo homem do BPI

Notícia recente do Diário de Notícias dá conta da preocupação do Presidente da República sobre «os elevados rendimentos "desproporcionados" auferidos por altos dirigentes de empresas perante os salários médios dos seus trabalhadores (...)».
Aguardo a qualquer momento a resposta-insulto vindo do Sr. Fernando Ulrich à posição do nosso Presidente da República, ainda que a mesma não deva constituir qualquer surpresa em relação ao seu «política reles e da mais baixa» afirmado num passado recente.

2008-05-30

Vital Moreira e os Privilégios dos Funcionários Públicos nas baixas por doença

Opina Vital Moreira que entre os muitos privilégios dos funcionários públicos, porventura o mais iníquo é o que respeita ao montante da remuneração nas baixas por doença. Todavia, a iniquidade não é igual para todos:

1. O efeito fiscal (IRS) nos rendimentos mais elevados ameniza a iniquidade entre funcionários públicos e trabalhadores do sector privado;

2. Há empresas que complementam o subsídio de doença, pagando os restantes 35% ou 30% da remuneração ao trabalhador.

Não raras vezes, as situações de doença são um drama monetário para os agregados familiares. Basta um médico receitar um antibiótico correspondente a 3 comprimidos pela módica quantia de 14 euros desembolsados na farmácia. Tão só o equivalente a 2% de uma remuneração líquida de 700 euros.
Arranje-se forma de privilegiar os trabalhadores do sector privado, muito em particular, os cidadãos e agregados familiares com baixos rendimentos.

Vital Moreira e a “Colonização” do Provedor de Justiça

Vital Moreira considera que o recurso dos funcionários públicos ao Provedor de Justiça “constitui mais um privilégio dos funcionários públicos face aos demais trabalhadores, que não têm um provedor oficial de tratamento das suas queixas contra os seus empregadores”.

Não terão os funcionários públicos razões de sobra para queixarem-se ao Provedor? Vital Moreira certamente desconhece a existência de concursos de publicação obrigatória na BEP que não são nela publicados, a existência de júris duais, as farsas dos “concursos” de selecção e recrutamento de dirigentes e outras barbaridades em que o funcionário público (ou candidato a funcionário público) deve legitimamente queixar-se contra a (má) Administração.

Por exemplo, podemos admitir que uma Empresa Pública publique anúncio anónimo para recrutamento de pessoal? Onde está a transparência? Veja os exemplos (retirado do Expresso Emprego):




2008-05-27

Laranjas que ninguém compra! Onde pára o Ministro da Agricultura?


Não sei porque razão compro laranja estrangeira a 0,99 Euros/Kg no Supermercado quando nos pomares de laranja do Algarve há laranja por apanhar e vender.


Neste último fim-de-semana constatei pelos meus próprios olhos, milhares de quilos de laranja a estragarem-se no chão dos pomares algarvios na região de Olhão e Tavira. Parece que nem a 0,18 Euros/Kg os agricultores a conseguem vender.


Eis o país que temos! Importamos laranja e deixamos que a nossa produção apodreça nos pomares por falta de preços honestos na compra ao produtor.


Numa conhecida cadeia de supermercados algarvios a laranja vende-se a 0,49 Euros/Kg ao consumidor. Os 50 cêntimos de diferença em relação à Área Metropolitana de Lisboa devem ser para pagar o "petrol"!!!


Já agora... o tomate de melhor qualidade, sai de Espanha a menos de 0,40 Euros/Kg pagos ao produtor e é vendido em Hipermercados Espanhóis e Portugueses por não menos de 1,80 Euros/Kg. Assim andamos a matar quem produz! Vivam as grandes Cadeias de Distribuição e os seus fabulosos lucros!


Fiscalização, vigilância da concorrência... Isso existe?


Aderimos ao boicote


Aderimos ao boicote e nem na Galp de Ayamonte abastecemos! Preferimos a ERG ao preço de 1,08 Euros/litro!!!
Concorrência nos preços é assim:
Estaciones de servicio más económicas de Badajoz

2008-05-22

Suavemente (Elvis Crespo)

La Cerveza...

Malagueñas Parranderas (CANÁRIAS)

OBAMA... "EL MARIACHI"

Arreganha a Taxa


Em matéria de sacar dinheiro ao consumidor, neste país, nada se perde, muito se ganha e tudo se transforma.

Na Banca, às taxas de juro, juntam-se as comissões para manutenção de conta, os custos de abertura de processos, os "diversos" e outras invenções. Defesa do consumidor? Mas... Isso existe?!

Na Electricidade, Água, Gás e comunicações telefónicas fixas, acabam as taxas... Será que acabam mesmo? Não me parece. Por isso, Zé Povinho, arreganha a taxa como no tal concurso da RTP, que eles inventam sempre outra. Outra como a contibuição áudio-visual.

2008-05-17

2008-05-01

1.º DE MAIO - UMA HOMENAGEM ÀS ORIGENS

Para os mais esquecidos, para os que nunca souberam, tudo começou na cidade de Chicago:












RELEMBREMOS IGUALMENTE A GUERRA CIVIL DE ESPANHA: