2009-05-18

Evolução dos Preços do Petróleo (Brent) nos últimos 12 meses

Fonte: OILNERGY
O Preço da Gasolina 95 desce cerca de 17% entre Maio de 2008 e Maio de 2009. O Preço do barril de Petróleo Brent desce cerca 50% no mesmo período.
Conclusão: A Gasolina 95 só é um derivado do Petróleo quando o preço deste último sobe nos mercados internacionais. Quando o preço do Petróleo desce, a gasolina passa a ser um produto derivado de uma qualquer outra matéria-prima que esteja a subir nos mercados internacionais. Ainda ouviremos justificar que o preço por litro de gasolina aumentou devido ao súbito aumento do preço do quilo da lentinha nos mercados internacionais.

2009-05-17

Humor Alemão sobre a política internacional

Com excelente tradução legendada em Espanhol, repare-se na música de fundo.


2009-05-16

O Fundo Digital da Universidade de Sevilha

Da minha muito querida Sigyllum Universitatis Litterariae Hispalensis vem a digitalização que está aqui ao lado. Trata-se de uma das suas imensas jóias colocadas à disposição de toda a Humanidade (que tenha acesso à Internet).

Escolhi esta obra «Itinerario Da India por Terra ate este reino: de Portugal com a discripcam de Hierusalem (...)», da autoria de Gaspar de São Bernardino, por estar escrita em português de 1611. A sua leitura é uma agradável surpresa ao permitir verificar a evolução da língua portuguesa até aos dias de hoje, quase quatrocentos anos após a publicação da obra, com a então necessária licença do Sancto Officio, datada de 20. de Mayo de 1611.

Aos interessados e curiosos destas coisas dos documentos antigos aqui deixo a minha sugestão de visita aos Fondos Digitalizados de la Universidad de Sevilla.

Boas leituras!

2009-05-03

Música Galega: Susana Seivane

Susana Seivane é provalmente desconhecida da grande maioria dos portugueses admiradores de programas como a«As Tardes da Júlia» e outro Telelixo. No entanto, no panorama cultural da música de origem céltica, Susana Seivane é uma artista de referência, descendente de uma grande família galega ligada à gaita de foles. Aqui ficam dois excelentes videos desta perita na gaita de foles.




2009-05-02

Jerónimo (La Palisse) de Sousa

Em entrevista ao programa «Diga lá Excelência», Sua Excelência o Secretário-Geral do PCP, Dom Jerónimo de Sousa, afirma brilhantemente que «se as pessoas não podem comprar, as empresas não podem vender». Tão brilhante afirmação é digna da atribuição de um doutoramento honoris causa pela Universidade de La Palice. Georg W. Bush, conhecido Doutor honoris causa em Lapalissadas como «a maior parte das nossas importações vem do estrangeiro», não diria melhor!

Seria de esperar que a principal figura de proa da coligação CDU, nem que fosse por influência dos Verdes da coligação, apresentasse soluções e desafios mais interessantes. Em vez disso, segue os cânones da economia capitalista clássica que usurpou o poder ao feudalismo.

Longe vão os tempos em que eles sonhavam com UCP's (Unidades Colectivas de Produção) e tardam em chegar os tempos em que defendam a Economia Verde. Deve ser para não engolirem o sapo.... de o Barack Obama ter colocado o tema da Economia Verde na sua agenda política.

2009-05-01

Aselhices à volta do Magalhães: Um problema de educação

As recentes aselhices que obrigam José Sócrates a pedir desculpa aos pais de crianças magalhaenizadas não ocorrem por mero acaso. Na minha opinião, resultam de um problema de Educação ou - como escreveria o nosso António Sérgio - de Instrução.

Por motivos vários, a velhinha disciplina de «Introdução à Política» existente no currículo do Ensino Secundário, acabou por desaparecer do mapa educativo das nossas escolas. Parece que não fazia falta nenhuma e foi considerada dispensável por pedagogos, técnicos e políticos que têm conduzido a política educativa deste país.

Ora, era nessa vetusta disciplina que se aprendiam os rudimentos sobre educação cíviva e se adquiriam algumas das necessárias competências para o ingresso do jovem (ou da jovem) na vida política activa como cidadão eleitor.

Sem a necessidade de qualquer Plano Nacional de Leitura, os alunos da disciplina "queimavam as pestanas" em leituras de obras como «Educação Cívica» de António Sérgio (cuja primeira edição já está digitalizada mas não disponível) ou a «Introdução à Política» de Maurice Duverger . Discutiam os temas e aprendiam coisas simples como o princípio da separação de poderes. Com os rudimentos aprendidos e competências adquiridas só mesmo o mais aselha ou o cábula daria os tiros nos pés a que paulatinamente vamos assistindo.

Para além das desculpas, José Sócrates, deveria apurar responsabilidades, identificar as falhas de formação e enviar os aselhas para formação. Aconselha-se como leitura obrigatória para os ditos, o opúsculo «DEMOCRACIA» de António Sérgio por ser obra de fácil leitura e com poucas páginas. Sugere-se que volte aos bancos de escola a disciplina de «Introdução à Política» como disciplina obrigatória.

O Socialismo Pragmático de António Sérgio

Passeia-se o PM por quintas, herdades alentejanas, dá um pulinho à Ovibeja e bota discurso televisivo em que evoca os heróis nacionais.
Sobre cooperativismo e concepções socialistas de combate à crise, da actual nomenclatura no poder não vem nem uma palavra. Heróis como António Sérgio ou Antero de Quental são votados ao mais puro dos esquecimentos, quiça metidos numa qualquer gaveta, onde alguns teimam em meter o socialismo quando governam.
Já não há Antónios Sérgios que façam alocuções aos Socialistas nos tradicionais banquetes do Primeiro de Maio.
São "bonitos" e telegráficos os discursos televisivos de alguns membros da nomenclatura Socialista (neoliberal), mas falta-lhes a essência e o pragmatismo que se encontra nas palavras de Sérgio:
«Por mim, ofereceria os princípios das concepções socialistas já em troco miudinho, já bem concretizados em soluções concretas, relativas ao abastecimento do pão e da carne, da manteiga e do leite, do vestuário e da casa; concernentes ao tratamento da doença e no parto, ao subsídio na invalidez e à protecção na velhice (...)» in Alocução aos Socialistas, 1947

Barreiro de Betão ou Barreiro Bioclimático?

Recentemente foi apresentado o «Estudo Prévio do Plano de Urbanização da Quimiparque e Zona Envolvente», o qual abrange 500 hectares de requalificação urbana. No atrium da mais recente catedral de consumo do Barreiro, já está disponível (ao olho do mirone que por lá passa) uma bonita maquete com a ponte «TTT» e o betão que se projecta construir.

O assunto deveria e merece estar na ordem do dia, mas não observo grandes movimentações de relevo. Perante a bonita maquete, o "ar arrumadinho" da coisa, até parece que este será um assunto pacífico. Mais metro cúbico, menos metro cúbico de betão, o mirone até arregala o olho diante do que vê. Por exemplo, ficam bonitos os futuros metros cúbicos de betão no local onde estão hoje os mamarrachos das "oficinas da CP" (ou GOB EMEF) junto à Av. da República.

Os 500 hectares em causa, os quais do ponto de vista urbanístico e arquitectónico podem ser considerados como terras de pousio, que permitirão reconfigurar todo o modelo socioeconómico, apresentam-se já como uma oportunidade desperdiçada. Tudo aponta para um modelo de um Novo Barreiro de Betão (com algumas novas zonas verdes) em lugar de um modelo de um Novo Barreiro Bioclimático. Falta de tecnologia? Falta de opções arquitectónicas? Não! Talvez, isso sim, falta de informação e alguns técnicos a pensarem segundo um paradigma onde a eficiência energética é uma questão menor.

Em lugar dos métricos cúbicos de betão parece-me mais aprazível e lógico um Plano de Urbanização baseado no conceito da construção «Green Box» do Doutor Arquitecto Luis de Garrido, o qual é internacionalmente respeitado pelos protótipos de construção que tem apresentado ao longo dos últimos anos. (Veja a página de Luis de Garrido)



Imagens: Conceito de Casa «Green Box» de Luis de Garrido

Para mais informações sobre Luis de Garrido leia esta entrevista e sobre a «Green Box» veja este artigo do Diario de Burgos.

Um Barreiro Bioclimático, baseado na arquitectura sustentada, não deve nem pode ser uma oportunidade perdida. Um Barreiro de Economia Verde não deve nem pode ser uma miragem!