2009-01-27

Tengo una pregunta para Usted: "¿Qué le quita el sueño a José Sócrates?"

"Tengo una pregunta para Usted" é um programa da TVE que remete para um canto obscuro o "Prós e Contras" da nossa "Fatinha". Era num programa deste género que gostaria de ver o José Sócrates a responder a uma pergunta como - Que lhe tira o sono, José Sócrates?
Não vi nem sei se verei a resposta de Sócrates a esta pergunta num programa em que quem pergunta são 100 cidadãos escolhidos aleatoriamente, representando a diversidade da Sociedade Portuguesa. Todavia, vi em directo pela TVE Internacional a resposta de José Luis Rodriguez Zapatero. Os interessados na resposta podem dar "una mirada" aqui (e não fiquem a olhar de boca aberta para a "jeitosa" portugaluja de 39 anos, oriunda de Portugalete, que faz a pergunta a Zapatero).
Sinceramente! Depois de ver um programa de serviço público como este, "não há pachorra" para aturar telejornais e politiquices à portuguesa.
Para que Portugal não se torne num mero Portugalete de meia tigela, salva-nos os Contemporâneos!

2009-01-26

A Evolução da página da Internet da Casa Branca

Em 15 anos muita coisa mudou no Mundo e na Internet. A prestegiada revista Scientific American apresenta um curioso slideshow sobre a evolução da página da Internet da Casa Branca desde a era Clinton, em 1994. Recomenda-se a visita (aqui).

Crise - Onde para o dinheiro?

Não consigo deixar de pensar nas causas e efeitos da actual crise económico-financeira sem pensar no seguinte:
Lei de conservação da energia - A energia não pode ser criada nem destruída, apenas transformada de uma forma para outra.

Lei da Conservação das Massas (Lavousier) - Numa reação química, que ocorre em sistema fechado, a massa total antes da reação é igual à massa total após a reação. Ou, na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma.



Segunda lei da termodinâmica - A quantidade de entropia de qualquer sistema isolado termodinamicamente tende a incrementar-se com o tempo, até alcançar um valor máximo.



Há autênticos buracos negros na (nossa) economia e no pensamento económico!

2009-01-24

Não há soluções fáceis nem rumos previamente certos

Teixeira dos Santos: "Não há GPS para a crise, temos de nos guiar pelas estrelas, o problema são as nuvens"


A propósito desta afirmação de Teixeira dos Santos, um conjunto de ilustres escribas da nossa blogesfera produzem os mais variados comentários, desde o mais disparatados até aos mais sérios.

O meu ilustre vizinho do concelho ao lado, Emanuel Oliveira Santos (Viver Seixal ), considera que são «Declarações incríveis de uma pessoa com responsabilidades na condução da politica de um país!!» e que «Quem Não sabe o Rumo a tomar... não deve governar!! ». Discordo e pessoalmente não acho tão incríveis as declarações. Considero que Teixeira dos Santos estabelece uma excelente metáfora para explicar o problema que enfrentamos.

Creio que neste momento não existe uma única pessoa no Mundo, com responsabilidades governativas, que saiba qual o melhor «rumo a tomar». Estamos exactamente numa daquelas situações em que a Humanidade evolui através do processo de "tentativa e erro", típico de qualquer processo de aprendizagem.

Entre académicos e investigadores científicos verifico a existência de grandes preocupações em abordar o tema através de diversos eventos. Não é sem razão que no próximo mês de Junho a «Academia Europea de Dirección y Economía de la Empresa» realizará o seu XXIII Congresso Anual subordinado ao lema «Administrando en entornos inciertos» (Gerindo em ambientes incertos ou turbulentos).

Para quem pensa que existem rumos pré-determinados, para quem pensa que existem "receitas fast food", que tudo esta explicado, aconselha-se a leitura de um artigo científico sobre algo bem mais simples nesta economia complexa e turbulenta, a análise comparativa entre a empresa cooperativa e a empresa capitalista num sector e região específica (artigo disponível aqui).

2009-01-20

As falsas afirmações do PR e do PM

Andava por aí, distraidamente, a navegar pela Net, num desses dias em que as nossas TV's só mostram imagens de um ritual religioso, em que um individuo vestido de preto (deve ser o padre), acompanhado de 22 outros individuos (devem ser os sacristões), leva multidões ao rubro, quando deparo com isto:
«As mais altas personalidade do país não perderam tempo a enviar felicitações a Cristiano Ronaldo pelo prémio de Melhor Jogador do Mundo. O Presidente da República e o Primeiro-Ministro mostraram-se felizes pela notícia e deram os parabéns ao extremo do Manchester United.» in Mais Futebol


Parabéns ao extremo? Mas afinal estes dois senhores já não gostavam do centro?



Caro Senhor Cavaco Silva, que já não goste do centro e prefira dar os parabéns ao extremo ainda compreendo, agora estas suas palavras é que são difíceis de entender...

«Em meu nome e de todos os portugueses, envio-lhe o testemunho do regozijo com que recebemos a notícia da sua eleição pelo organismo internacional de futebol, que coloca o seu nome numa restrita galeria de destacados jogadores. O elevado nível desportivo e o firme empenho justificaram agora a designação para o título que passa a encimar o seu muito relevante palmarés desportivo. Aceite, assim, os meus parabéns e os desejos sinceros de muitas felicidades pessoais e desportivas.» Cavaco Silva, Presidente da República

Permita-me que o corrija e faça o favor de o comunicar ao tal Sr. Cristiano Ronaldo. Eu não me regozijei nem me regozijo com este tipo de notícias. Assim, para que a afirmação não seja falsa deve informar esse Sr. Cristiano Ronaldo que onde se lê «Em meu nome e em nome de todos os portugueses(...)» deve lêr-se «Em meu nome e de quase todos os portugueses (...)»



Caro Sr. José Sócrates, anda por aí a oposição - provavelmente sem razão - a chamar-lhe mentiroso. Ora o que eu menos quero é que lhe chamem mentiroso por minha causa, esgrimindo esta sua afirmação como arma, ou servindo-se dela como arma de arremesso na polítiquice trauliteira: «Felicito-o, ainda emocionado, por este momento tão importante e significativo. É sem dúvida um momento singular que distingue uma carreira e premeia o seu trabalho e o seu talento. Calculo que esteja muito orgulhoso do seu prémio. Tem boas razões para isso. Mas acredite que todos nós portugueses vibrámos com igual orgulho quando soubemos da sua escolha.» José Sócrates, Primeiro Ministro



Sou português (pelo menos por enquanto) e não vibrei - nem com, nem sem orgulho - quando chegou ao meu conhecimento a escolha. Nada tenho contra este tal Senhor Cristiano Ronaldo. Na verdade, como diz o povo "tanto se me dá como se me deu!", dado que este tipo de rituais religiosos nada me dizem. Desta forma, sugiro que corriga a afirmação e que conste ao Sr. Cristiano Ronaldo que na verdade deve afinal acreditar que «(...) quase todos nós portugueses vibrámos com igual orgulho quando soubemos da sua escolha», pois essa é a afirmação mais correcta.

2009-01-16

A memória curta da Licenciada Sra. Dona Ferreira Leite

A Licenciada Senhora Dona Ferreira Leite, ilustre Presidente do PSD, afirmou que "Sendo Governo riscarei imediatamente o TGV" (ver entrevista dada a Judite de Sousa na RTP). No meu modesto entender, esta Senhora tem memória curta ou a idade avançada está pregar-lhe partidas. José Sócrates mente? Engana o País? Mistífica? Sofre de fantasia permanente? Pode ser que sim, mas...


A Senhora Ministra de Estado e Ministra das Finanças do XV Governo Constitucional já esqueceu os argumentos do Primeiro-Ministro do XV Governo sobre o TGV? Aqui recordamos o que veio a público, por exemplo, no Público:

Declarações do primeiro-ministro (IN PÚBLICO, 2004)
Projecto TGV irá estimular economia em até 1,7 por cento do PIB
Por Lusa
12.01.2004
O primeiro-ministro afirmou hoje que os mais de dez mil milhões de euros a investir no projecto de ferrovia de alta velocidade, TGV, em Portugal vão estimular a economia em até 1,7 por cento do PIB (Produto Interno Bruto).

Durão Barroso, que falava no Porto, indicou que o projecto permitirá gerar um valor acrescentado bruto de 14.500 milhões e que cerca de 90 por cento será da responsabilidade da indústria portuguesa. Para o primeiro-ministro, o TGV deverá aumentar a quota de mercado do modo ferroviário dos actuais quatro para 26 por cento em 2025 e diminuir os custos ambientais de transportes em mais de dois mil milhões de euros. De acordo com o chefe de Governo, os estudos efectuados apontam também para a criação, pelo projecto, de cerca de 90 mil novos postos de trabalho directos e indirectos. Os mesmos estudos referem ainda a participação dos subsistemas mais ricos em inovação e tecnologia na ordem dos 30 a 40 por cento. Segundo salientou, a futura rede ferroviária de alta velocidade ligará os principais aglomerados populacionais portugueses, onde se concentra 87 por cento do produto interno bruto (PIB) e onde habita mais de 80 por cento da população.Trata-se por isso, frisou, de um "projecto estruturante para o país" que "moldará o perfil e a estrutura do país e de toda a Península Ibérica", alterando a ocupação do território, a proximidade entre regiões e a mobilidade de pessoas e bens e corrigindo as assimetrias entre litoral e interior."É por isso que a concretização de uma Rede de Alta Velocidade para Portugal foi tratada como um desígnio nacional para as próximas duas décadas", acrescentou. Para Durão Barroso, o acordo alcançado com Espanha sobre o traçado do TGV foi "bom para os dois países", já que "permite ligações rápidas entre as principais cidades portuguesas e entre estas e as mais relevantes cidades espanholas". Um traçado definido com a condicionante das decisões já tomadas em Espanha e sem consensos absolutos, admitiu, mas que é "o ideal" por que o que "melhor defende os interesses portugueses". "Parece que havia quem quisesse fazer uma ligação por terra à Europa que não passasse por Espanha, mas não apresentaram soluções concretas nesse sentido", gracejou Barroso. Destacando a importância da inclusão do projecto nos chamados projectos prioritários da União Europeia, o primeiro-ministro sublinhou a importância de Portugal acompanhar o ritmo dos principais parceiros europeus, que "têm já construída, em construção ou em projecto mais de 50 por cento da sua rede de Alta Velocidade"."Uma nova rede interoperável e integrada na rede ibérica e europeia é uma das peças-chave para o fortalecimento da competitividade do país, assegurando uma melhor integração da nossa economia no espaço europeu", considerou. Segundo acrescentou, dará ainda "um contributo determinante para a sustentabilidade ambiental do sistema de transportes, através da enorme redução dos custos ambientais, e para o combate à sinistralidade rodoviária". De acordo com Durão Barroso, caberá agora às empresas portuguesas "saber tirar partido" do projecto de Alta Velocidade que, acredita, "terá elevada aptidão para estimular fortemente o tecido empresarial nacional, universidades e centros de investigação". É que, defendeu, o projecto do TGV "será um incubador e indutor de projectos de excelência com possibilidade exportadora de conhecimento e serviços a nível europeu e mundial" e poderá ser o ponto de partida para "aventuras empresariais fora de portas".

2009-01-13

Daqui por dez anos alguém no Governo vai ter esta brilhante ideia!

Aqui o megalómano, como alguns do meu partido me chamam; aqui o “incompetente” (e outros epítetos nada lisonjeiros), como alguns anónimos me chamam (quer em comentários que para aqui me escrevem quer em comentários que escreveram noutro blog aqui do Barreiro), faz dois anos que alerta para os erros que se estão a cometer no tema da avaliação do desempenho (por exemplo, dos funcionários públicos) e temas correlacionados com o desempenho organizacional.

Clama a minha voz em pleno deserto de ideias, sem efeitos práticos, sem que ninguém de direito faça caso das minhas palavras. Mas… daqui por dez anos, alguém terá a repentina e brilhante ideia: A discriminação do desempenho individual é legítima e útil ao desempenho das organizações.

Estará na moda. Chegará finalmente a Portugal pela mão de algum “Guru” que – por convite – virá cá dar umas conferências sobre o assunto a troco de chorudo cheque de honorários. Nessa altura ninguém se lembrará aqui dos alertas do “megalómano” e muito menos que o conteúdo das conferências do dito “Guru”, por mais módica quantia, podia ter sido obtido fazendo uso da “prata da casa”. Mas teremos o “grande evento” e o processionário beija-mão de quem finalmente foi bafejado pela Luz da sabença do “Guru” … Ministros, Governantes, CEO’s e outros importantes gestores “embandeirarão em arco” com as sábias palavras do “Guru”, cantarão hossanas ao “Guru” e vergar-se-ão em profunda vénia perante tão doutos conhecimentos do “Grande Guru” que lhes fará exclamar – Uhau!

As palavras que o “Guru” irá dizer já existem e estão disponíveis em diversos pontos da Internet. Dado que “vozes de burro não chegam ao Céu”, aqui fica para memória futura.

Vídeo com possível discurso do Guru



Vídeo com os festejos dos que cantarão as tais hossanas ao “Guru”

2009-01-11

Trabalho e Emprego - É isto que queremos para a Europa?

Estes videos são ilustrativos sobre o sentimento de muitos americanos no que diz respeito ao mercado de trabalho nos Estados Unidos da América. Será este o tipo de mercado de trabalho que se pretende para Portugal e para a Europa? O (falso) argumento do pragmatismo, baseado na necessidade de empresas competitivas neste Mundo globalizado, é denunciado nestes videos.






2009-01-06

Entrevistas à portuguesa

Ricardo Costa e José Gomes Ferreira demonstram como os jornalistas portugueses estão longe de prestarem um bom serviço público de jornalismo em sede de entrevista. Confundem incisividade com agressividade (na voz e na fisionomia). Desconhecem em absoluto que a assertividade produz uma entrevista mais esclarecedora e de melhor qualidade.
Sobre o conteúdo das palavras de Sócrates, abordarei o tema em breve.









Extracto da Entrevista publicado no sítio da SIC:
"Não fazer investimento público é moralmente errado"
Além de politicamente errado, o primeiro-ministro considera moralmente errado não fazer investimento público em 2009, nomeadamente nas grandes obras como rodovias, aeroporto, TGV e nova ponte sobre o Tejo. José Sócrates diz que o emprego é a prioridade de 2009 e que as intervenções nos bancos foram vitais para salvar o sistema financeiro e poder apoiar as empresas e as famílias




Com a crise económica mundial a dominar a discussão político-social, o primeiro-ministro disse que Portugal está melhor preparado do que em 2005 (quando começou a chefiar o Governo) para a enfrentar."Baixámos o défice orçamental de 6,8% para 2,6%, o crescimento económico foi o maior em oito anos e criámos130 mil novos postos de trabalho", disse, argumentando que a economia "ganhou uma folga para reagir à crise porque o défice em 2008 será de 2,2%".A folga de 0,8% face ao défice de 3% permitido por Bruxelas será usado para "proteger empresas, o emprego e fazer investimento". "O facto de termos posto as contas públicas em ordem permite ao Estado fazer investimentos em momentos de emergência para ajudar empresas e famílias", realçou. Interrogado sobre se as grandes obras públicas (TGV, aeroporto, rodovias, ponte sobre o Tejo) não serão uma herança pesada para as futuras gerações, José Sócrates considera que "não fazer investimento público seria não só política mas moralmente errado"."A nossa economia precisa de investimento público para garantir emprego e apoiar empresas, porque é moralmente errado não o fazer, porque as pessoas precisam disso. Estamos a investir no futuro, para estarmos mais fortes quando sairmos da crise. A economia ficará mais competitiva e a qualidade de vida será melhor", afirmou. Realçando que o Governo está a "fazer um esforço para o pagamento de concessões", afirma que há "estudos sobre o custo-benefício dos novos investimentos" que sustentam as opções do Executivo.Para 2009, Sócrates diz que a aposta é a "protecção do emprego", já que as medidas de apoio social não são tão urgentes porque as despesas com combustíveis, prestações do crédito à habitação e alimentação vão descer. Foi isso que quis dizer quando referiu que "2009 seria um ano melhor", explicou.Alterações ao OEConfrontado com o aumento da dívida externa, o primeiro-ministro disse que metade se deve ao problema do aumento do preço do petróleo entre 2003 e 2008 e que a aposta do Governo tem sido nas energias alternativas (hídrica, eólica, solar e ondas)."A política de energias renováveis teve indiscutível sucesso, porque 42% da electricade que usamos é produzida em Portugal", referiu. Face à ameaça de recessão, José Sócrates disse que a "crise é global e gravíssima, daquelas que se vive uma vez na vida" e que não poderia ter sido prevista. Assim, admite agora fazer alterações às previsões inscritas no Orçamento de Estado através do Pacto de Estabilidade e Crescimento, a ser apresentado dentro de dias."Anunciámos que vamos fazer alterações, depois da Europa também o ter decidido. Decidimos usar a folga do défice e, no conselho de ministros que se seguiu, anunciámos que íamos apostar no parque escolar, na infra-estutura tecnológica e na eficiência energética. E vamos ainda actuar na protecção do emprego", explicou. Interrogado sobre se baixaria os impostos, José Sócrates disse que o Governo já tomou medidas nessa área: "baixámos o IRC este ano, baixámos o pagamento especial por conta, criámos crédito fiscal ao investimento". Alegando que não é "vidente", o primeiro-ministro considera que "esta é a receita adequada" face aos dados existentes sobre a evolução da economia.Salvar bancos e empresasSobre as intervenções nos bancos, o primeiro-ministro diz que foram feitas "não por vontade do Estado, mas por ser uma emergência e por a alternativa ser muito pior". Tanto no caso do BPN como do BPP, o primeiro-ministro frisou que o Estado "não salvou bancos, mas salvou os portugueses da falência desses bancos; não quis salvar banqueiros, mas defender os portugueses e os depositantes".Sócrates considera que havia o risco de perda de confiança no sistema bancário, que é vital para haver disponibilidade de crédito para empresas e famílias. "Salvaremos as empresas que pudermos, que sejam sólidas e competitivas", disse sobre apoios já dados à Qimonda e às Pirites Alentejanas, acrescentando que em Janeiro serão acentuadas as linhas de crédito.Sobre o financiamento europeu à agricultura não aplicado, o primeiro-ministro justificou que esses 60 milhões de euros serão parte de um pacote de 160 milhões de investimento público para "alavancar mil milhões de euros de investimento privado no sector". Relação com o PRAntes das questões económicas, José Sócrates explicou a sua posição sobre o Estatuto dos Açores e disse que "há uma divergência, mas não há confronto nem desafio com ninguém". O primeiro-ministro afirma que a Assembleia da República tem uma "diferente interpretação da Constituição" face aos dois artigos criticados pelo Presidente e espera que o Tribunal Constitucional se venha a pronunciar. Caso sejam considerados inconstitucionais, admite "retirá-los". "Lealdade não implica obediência", sublinhou Sócrates, dizendo que tem "consciência dos deveres de cooperação institucional a benefício da democracia portuguesa". "Não é uma grande questão, nem pode pôr em causa nenhum relacionamento. As pessoas devem habituar-se a conviver com divergências", advogou. "Não desistir" da avaliação dos professoresAo nível da avaliação dos professores, José Sócrates considera que houve necessidade de alterar o modelo porque o Governo reconheceu três problemas: "excesso de trabalho nas escolas, muita burocracia, falta de reconhecimento dos avaliadores". Perante este cenário, as alterações ao modelo tornaram-no "mais simples", mas este permite "responder ao essencial", defendeu o primeiro-ministro."O que havia antes era um simulacro de avaliação, não era séria nem credível. O Governo não cometeu o erro de desistir do processo de avaliação, de ignorar algo que acontecia há 30 anos", acrescentou.Manuel Alegre e maioria absolutaNa questão das divergências com Manuel Alegre, José Sócrates disse que tem "respeito, consideração e uma boa relação pessoal" com o histórico do PS mas que o partido tem "responsabilidade de governação". Por isso, enquanto secretário-geral, Sócrates quer "promover a unidade com toda a diversidade", num partido que é "popular e da esquerda democrática". Sobre a possibilidade de governar sem maioria absoluta, tendo já dito que será candidato à liderança do partido, Sócrates não fala "sobre cenários" e prefere pedir essa maioria."Acho que é muito importante para Portugal a estabilidade política e governativa. A maioria absoluta é necessária", disse.O primeiro-ministro não concorda com a junção de eleições na mesma data, no caso das autárquicas e das legislativas, embora tenha mais abertura no caso das europeias. "As dinâmicas são diversas", argumentou.

2009-01-05

A Grande Enciclopédia Aragonesa

Projectos interessantes como a Grande Enciclopédia Aragonesa passam por vezes despercebidos no meio do internetólixo. Visite a galeria multimédia desta enciclopédia ou veja o apoio prestado à comunidade estudantil através do GEA Educa!