2009-07-27

Sorria, Você está a ser espiado!

Num momento em que os tempos são de crise económica, em que os cidadãos muito se preocupam com a segurança e aceitam de bom grado a videovigilância em locais públicos, o velho tema da espionagem interna efectuada pelas empresas aos seus funcionários ou aos seus dirigentes não tem merecido a necessária atenção. Todavia, o tema continua actual e faz vítimas onde menos e quando menos se espera.

Notícia do El País dá conta de um dos mais recentes escândalos nesta matéria. Desta feita no insuspeito banco alemão Deutsche Bank.

Se eventualmente pensa que isso é coisa que só acontece aos outros e que nada disso ocorre em Portugal, desengane-se! Por muito que sorria perante esta afirmação, na realidade você pode bem estar a ser espiado pela sua entidade patronal neste preciso momento.

Em boa verdade, a qualquer momento uma qualquer pessoa (incluindo o seu patrão ou o seu chefe), pode estar a seguir as «impressões digitais» que descuidadamente (ou não) deixa para memória futura na Internet, seja no Hi5, no Facebook, no Twitter ou num simples blog como este.

A espionagem patronal não é uma ficção e ao virar de cada esquina internética existe sempre um potencial «big brother» de olho em si, o qual não deixará de recolher na Internet toda a informação que poder sobre a sua pessoa. Porque não fazê-lo no interior da própria empresa onde trabalha?

Eis algumas outras notícias recentes sobre casos de espionagem patronal sobre trabalhadores:

2009-07-24

Provedor de Justiça ou Provedor do Legalismo?

Na minha humilde opinião, o artigo publicado no Público nada augura de bom em relação ao que se pode esperar da Provedoria de Justiça. Suspender dois dos serviços mais emblemáticos «Linha Verde Recados da Criança» e «Linha do Cidadão Idoso» por questões de legalismo na contratação dos Recursos Humanos que garantiam estes serviços, demonstra mais preocupação com o legalismo do que com a Justiça.


Perante o caso, pergunto-me se o Senhor Alfredo José de Sousa, Provedor de Justiça, não encontrou algo mais latente e importante para iniciar a sua actividade. É que contratações ilegais na Administração Pública não existirão muitas. O mesmo não podemos dizer da quantidade de contratações a termo certo (contratos a prazo), socialmente injustas, em que o Estado Português usa e abusa de expedientes de renovação para não passar ao quadro cidadãos que garantem necessidades permanentes.
Veja-se o caso dos Docentes Contratados do Ensino Básico e Secundário que trabalham para o Ministério de Educação, sempre a contrato precário, sem direito a carreira nem a aumentos salariais decorrentes do ingresso e promoção na carreira. Basta consultar as listas de ordenação dos concursos de professores para constatar imensos casos de quem trabalha 10, 15, 18 ou 20 anos sem ter tido oportunidade de ingressar na carreira.
Esperemos que o legalismo não penetre no último bastião de defesa do cidadão contra os atropelos dos legalistas à mais elementar justiça a que têm direito. Esperemos que o Cidadão Alfredo Sousa leia alguns dos documentos publicados pela Provedoria de Justiça e atente que a utilidade do seu papel não está na prática de actos de um qualquer auditor do Tribunal de Contas muito preocupado com a legalidade dos factos e pouco ou nada preocupado com as injustiças criadas pela voragem legalista que assola a nossa Democracia qual uma Peste Negra.
(Nota: Veja aqui o Mapa de Pessoal da Provedoria de Justiça)

A Opinião de Joseph E. Stiglitz

«La ONU, a pesar de todos sus fallos, es la institución inclusiva internacional por excelencia. Esta conferencia de la ONU (como otra anterior sobre financiación para países en vías de desarrollo) ha puesto de manifiesto la función que la ONU debe desempeñar en cualquier discusión mundial sobre la reforma del sistema financiero y económico mundial.» in El País

PREÇO DOS COMBUSTÍVEIS DESCE ATÉ 14 Cêntimos/Litro

PREÇO DOS COMBUSTÍVEIS DESCE ATÉ 14 Cêntimos/Litro... Em Espanha, Claro!

Segundo notícia do El País a origem desta descida está na evolução dos preços do petróleo nos mercados internacionais. «En Portugal, no pasa nada!» Temos a GALP que temos... e uma Entidade Reguladora que assobia para o lado.