A Licenciada Senhora Dona Ferreira Leite, ilustre Presidente do PSD, afirmou que "Sendo Governo riscarei imediatamente o TGV" (ver entrevista dada a Judite de Sousa na RTP). No meu modesto entender, esta Senhora tem memória curta ou a idade avançada está pregar-lhe partidas. José Sócrates mente? Engana o País? Mistífica? Sofre de fantasia permanente? Pode ser que sim, mas...
A Senhora Ministra de Estado e Ministra das Finanças do XV Governo Constitucional já esqueceu os argumentos do Primeiro-Ministro do XV Governo sobre o TGV? Aqui recordamos o que veio a público, por exemplo, no Público:
Declarações do primeiro-ministro (IN PÚBLICO, 2004)
Projecto TGV irá estimular economia em até 1,7 por cento do PIB
Por Lusa
12.01.2004
O primeiro-ministro afirmou hoje que os mais de dez mil milhões de euros a investir no projecto de ferrovia de alta velocidade, TGV, em Portugal vão estimular a economia em até 1,7 por cento do PIB (Produto Interno Bruto).
Durão Barroso, que falava no Porto, indicou que o projecto permitirá gerar um valor acrescentado bruto de 14.500 milhões e que cerca de 90 por cento será da responsabilidade da indústria portuguesa. Para o primeiro-ministro, o TGV deverá aumentar a quota de mercado do modo ferroviário dos actuais quatro para 26 por cento em 2025 e diminuir os custos ambientais de transportes em mais de dois mil milhões de euros. De acordo com o chefe de Governo, os estudos efectuados apontam também para a criação, pelo projecto, de cerca de 90 mil novos postos de trabalho directos e indirectos. Os mesmos estudos referem ainda a participação dos subsistemas mais ricos em inovação e tecnologia na ordem dos 30 a 40 por cento. Segundo salientou, a futura rede ferroviária de alta velocidade ligará os principais aglomerados populacionais portugueses, onde se concentra 87 por cento do produto interno bruto (PIB) e onde habita mais de 80 por cento da população.Trata-se por isso, frisou, de um "projecto estruturante para o país" que "moldará o perfil e a estrutura do país e de toda a Península Ibérica", alterando a ocupação do território, a proximidade entre regiões e a mobilidade de pessoas e bens e corrigindo as assimetrias entre litoral e interior."É por isso que a concretização de uma Rede de Alta Velocidade para Portugal foi tratada como um desígnio nacional para as próximas duas décadas", acrescentou. Para Durão Barroso, o acordo alcançado com Espanha sobre o traçado do TGV foi "bom para os dois países", já que "permite ligações rápidas entre as principais cidades portuguesas e entre estas e as mais relevantes cidades espanholas". Um traçado definido com a condicionante das decisões já tomadas em Espanha e sem consensos absolutos, admitiu, mas que é "o ideal" por que o que "melhor defende os interesses portugueses". "Parece que havia quem quisesse fazer uma ligação por terra à Europa que não passasse por Espanha, mas não apresentaram soluções concretas nesse sentido", gracejou Barroso. Destacando a importância da inclusão do projecto nos chamados projectos prioritários da União Europeia, o primeiro-ministro sublinhou a importância de Portugal acompanhar o ritmo dos principais parceiros europeus, que "têm já construída, em construção ou em projecto mais de 50 por cento da sua rede de Alta Velocidade"."Uma nova rede interoperável e integrada na rede ibérica e europeia é uma das peças-chave para o fortalecimento da competitividade do país, assegurando uma melhor integração da nossa economia no espaço europeu", considerou. Segundo acrescentou, dará ainda "um contributo determinante para a sustentabilidade ambiental do sistema de transportes, através da enorme redução dos custos ambientais, e para o combate à sinistralidade rodoviária". De acordo com Durão Barroso, caberá agora às empresas portuguesas "saber tirar partido" do projecto de Alta Velocidade que, acredita, "terá elevada aptidão para estimular fortemente o tecido empresarial nacional, universidades e centros de investigação". É que, defendeu, o projecto do TGV "será um incubador e indutor de projectos de excelência com possibilidade exportadora de conhecimento e serviços a nível europeu e mundial" e poderá ser o ponto de partida para "aventuras empresariais fora de portas".
Projecto TGV irá estimular economia em até 1,7 por cento do PIB
Por Lusa
12.01.2004
O primeiro-ministro afirmou hoje que os mais de dez mil milhões de euros a investir no projecto de ferrovia de alta velocidade, TGV, em Portugal vão estimular a economia em até 1,7 por cento do PIB (Produto Interno Bruto).
Durão Barroso, que falava no Porto, indicou que o projecto permitirá gerar um valor acrescentado bruto de 14.500 milhões e que cerca de 90 por cento será da responsabilidade da indústria portuguesa. Para o primeiro-ministro, o TGV deverá aumentar a quota de mercado do modo ferroviário dos actuais quatro para 26 por cento em 2025 e diminuir os custos ambientais de transportes em mais de dois mil milhões de euros. De acordo com o chefe de Governo, os estudos efectuados apontam também para a criação, pelo projecto, de cerca de 90 mil novos postos de trabalho directos e indirectos. Os mesmos estudos referem ainda a participação dos subsistemas mais ricos em inovação e tecnologia na ordem dos 30 a 40 por cento. Segundo salientou, a futura rede ferroviária de alta velocidade ligará os principais aglomerados populacionais portugueses, onde se concentra 87 por cento do produto interno bruto (PIB) e onde habita mais de 80 por cento da população.Trata-se por isso, frisou, de um "projecto estruturante para o país" que "moldará o perfil e a estrutura do país e de toda a Península Ibérica", alterando a ocupação do território, a proximidade entre regiões e a mobilidade de pessoas e bens e corrigindo as assimetrias entre litoral e interior."É por isso que a concretização de uma Rede de Alta Velocidade para Portugal foi tratada como um desígnio nacional para as próximas duas décadas", acrescentou. Para Durão Barroso, o acordo alcançado com Espanha sobre o traçado do TGV foi "bom para os dois países", já que "permite ligações rápidas entre as principais cidades portuguesas e entre estas e as mais relevantes cidades espanholas". Um traçado definido com a condicionante das decisões já tomadas em Espanha e sem consensos absolutos, admitiu, mas que é "o ideal" por que o que "melhor defende os interesses portugueses". "Parece que havia quem quisesse fazer uma ligação por terra à Europa que não passasse por Espanha, mas não apresentaram soluções concretas nesse sentido", gracejou Barroso. Destacando a importância da inclusão do projecto nos chamados projectos prioritários da União Europeia, o primeiro-ministro sublinhou a importância de Portugal acompanhar o ritmo dos principais parceiros europeus, que "têm já construída, em construção ou em projecto mais de 50 por cento da sua rede de Alta Velocidade"."Uma nova rede interoperável e integrada na rede ibérica e europeia é uma das peças-chave para o fortalecimento da competitividade do país, assegurando uma melhor integração da nossa economia no espaço europeu", considerou. Segundo acrescentou, dará ainda "um contributo determinante para a sustentabilidade ambiental do sistema de transportes, através da enorme redução dos custos ambientais, e para o combate à sinistralidade rodoviária". De acordo com Durão Barroso, caberá agora às empresas portuguesas "saber tirar partido" do projecto de Alta Velocidade que, acredita, "terá elevada aptidão para estimular fortemente o tecido empresarial nacional, universidades e centros de investigação". É que, defendeu, o projecto do TGV "será um incubador e indutor de projectos de excelência com possibilidade exportadora de conhecimento e serviços a nível europeu e mundial" e poderá ser o ponto de partida para "aventuras empresariais fora de portas".
3 comentários:
Meu caro,
Por muito que possamos discordar um facto é que o Eng.Sócrates é mais à direita que esta Doutoura.
Não podemos contar com este cenário, existem pessoas no PS que têm muita razão de queixa e dificilmente votarão PS este ano(mesmo militantes).
Cumpts
Zé Ferradura
Ilustre Zé Ferradura,
Entre o licenciado Sócrates e a licenciada Leite, prefiro o meu Camarada José Sócrates por muito que não concorde com algumas das suas medidas governativas.
Cumprimentos,
Brás dos Santos
Manuela Ferreira Leite conservou a sua fama de competente, «dura» e muito rigorosa, mantendo artificialmente um défice abaixo da fasquia definida pelo Pacto de Estabilidade e Crescimento (PEC). Dir-se-ia que Manuela Ferreira Leite «atirou» o problema para a frente, «comprando» tempo. Mas nem sequer isso, já que, como refere o Tribunal de Contas, esses fundos apenas tiveram um efeito positivo nas contas públicas no próprio ano (2004) em que ocorreram, começando a dar prejuízo logo no ano seguinte. No ano de 2006 custaram 198,6 milhões de euros e em 2014, custarão 303 milhões de euros aos cofres do estado.
A Drª Ferreira Leite diz e contradiz tudo aquilo que disse e desdisse, no entanto tem aquele "encanto" que tanto encanta esta sociedade salazarenta em que alguns vivem.
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