2008-12-12

Governo, Banco de Portugal e Assembleia da República a dormirem na forma?

Conforme é visível no gráfico ao lado (clicar para ampliar) as taxas de juro oficiais do Eurosistema já andam "a voar baixinho como o crocodilo".
Se bem me lembro... - como dizia o grande escritor Vitorino Nemésio - estas baixas das taxas de juro tinham por objectivo a baixa da Euribor e chegarem à dita "economia real", ou seja, às empresas e aos cidadãos.
Todavia, ainda não vi notícias de instituições financeiras como a CGD - Caixa Geral de Depósitos baixarem a taxa de juro praticada nos empréstimos à habitação e reflectirem de imediato essa queda da taxa de juro na prestação mensal de reembolso do empréstimo. Deve ser apenas porque estas instituições gostam muito de honrar o estipulado nos contratos, não por uma questão de mais uns euros de lucro por cada empréstimo durante mais uns meses.
Governo, Banco de Portugal e Assembleia da República a dormirem na forma? Distraídos? Não podem ser tomadas medidas de carácter excepcional que impliquem a actualização imediata das taxas de juro que estão a ser cobradas?

2 comentários:

Anti PS Neoliberal disse...

Os juros não diminuem porque ainda não existe um clima de confiança na banca internacional, desculpa deles para não baixarem os juros, porque quando é para aumentar que se lixe a confiança a desconfiança ou lá o que seja.

O mesmo se passa com os combustíveis, o Brent está a 44 euros e 25 cêntimos, ou seja quase a 1/4 do preço de à 2 ou 3 meses, as descidas não têm reflectido a descida do preço na origem, e porquê ? Porque os preços ainda não estabilizaram e com um mercado incerto não se podem ajustar preços,isto dizem eles, mas quando é para subir já nada disto conta.

Quanto à AR e o Governo mais a outra coisa que regula os preços e agora o nome não me vem à memória, deculpe mas vou ser populucho, eles comem todos da mesma gamela, quando acabarem a comissão de serviço no governo ou na AR é velos a ingressarem nas petroquímicas e na banca, ATÉ ESTALA.

Anónimo disse...

Caro Anti PS Neoliberal,

Populucho ou não, pouco importa. De facto existe em Portugal quem pense em «servir-se de» em lugar de «servir a». Por essas e por outras, o António Sérgio continua muito actual, a Campanha Alegre do Eça de Queiroz parece ter sido escrita ontem.

Aqui ao lado, o Zapatero já bate o pé com a Banca que igualmente tem andado a assobiar para o lado.

Cumprimentos,

Brás