2008-11-18

O milagre da multiplicação dos peixes dá lugar ao "milagre" da multiplicação dos lucros!

Segundo o Público a «Sardinha fica sete vezes mais cara entre a lota e o mercado», ou seja, «um quilo custa 0,69 euros à saída do barco e é vendido ao público a 4,65 euros».

Perante este escândalo especulativo, adivinha-se que a famosa taxa Robin dos Bosques será em breve aplicada não apenas às petrolíferas, mas igualmente ao caso da comercialização da sardinha.
Parece que o governo está igualmente estudar a hipótese de colocar painéis informativos entre as lotas e os mercados nos quais se indique claramente o preço do quilo de sardinha à passagem no local de instalação do painel, indicando os preços dos próximos três painéis, a exemplo da medida aprovada e já em funcionamento nas auto-estradas para o caso dos combustíveis.
Outra medida interessante é a criação do Portal da Sardinha na Internet, onde o consumidor poderá comparar os diversos preços de venda da Sardinha. Parece que no entrentanto a CMVM estuda a hipótese de colocar a Sardinha no famoso PSI 20.
Um grupo de peixeiros e de varinas, preocupados com a crise e a quebra das vendas, pondera a hipótese de avançar com uma campanha do tipo: «Na compra de uma dúzia de sardinhas, leve inteiramente grátis um computador Magalhães».
Um grupo de consumidores questionados sobre os preços especulativos da sardinha respondeu a um famoso jornal diário que não acredita em bruxas, pero que las ASAE, ASAE!
A propósito do elevado preço da Sardinha, uma comissão de professores contestatários do actual sistema de avaliação de desempenho já emitiu um comunicado em que responsabiliza o Valter Pistola Militar pelo impacto do sistema de avaliação do desempenho dos professores no elevado preço da sardinha.
A entidade reguladora afirmou que está atenta ao tema e que tudo se resolverá em breve seguindo o famoso Princípio de Peter.
Até lá e enquanto esta notícia dos preços especulativos do quilo da sardinha, entre a lota e o mercado, passa despercebida a um Governo que funciona em circuito fechado, uma associação de defesa de consumidores aconselha os consumidores a comprarem chicharro.

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